Na região do baixo rio Tapajós floresceu a chamada cultura Santarém, que se notabilizou pela produção de uma cerâmica de estilo muito peculiar, baseado no emprego das técnicas de modelagem, incisão, ponteado e aplicação. Descrita desde o século XIX por naturalistas e viajantes que percorreram a área, suas formas revelam composições elaboradas, contendo uma profusão de apêndices de animais da floresta tropical, que constituem verdadeiras esculturas concebidas de maneira naturalista. Estatuetas antropomorfas também se destacam pelo naturalismo das representações de homens e mulheres, portando atributos que permitem identificar emblemas de prestígio e posições sociais. Na verdade, pouco se sabe sobre essa cultura, uma vez que escavações arqueológicas sistemáticas só começaram a ser desenvolvidas nos últimos anos. As peças existentes em museus provêm em grande parte de coletas e escavações realizadas sem controle no seu maior sítio arqueológico, onde hoje está assentada a cidade de Santarém, o que impede a compreensão de seus contextos. Ainda assim, elas constituem importante fonte de conhecimento sobre a complexa sociedade que as produziu, porquanto são testemunho de suas práticas sociais, formas de construção do corpo e concepções cosmológicas.
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