A África é um continente que abarca 30 milhões de quilômetros quadrados distribuídos em 54 países e nove territórios, com mais de um bilhão de pessoas falando cerca de mil línguas diferentes. O continente tem riquezas incalculáveis em diamantes, petróleo e diversos minérios cuja exploração contribui para os maiores contrastes econômicos e sociais do mundo.
Desde a antiguidade, a África integrou as mais longas e importantes rotas comerciais e, através delas, entrou em contato com povos e culturas distantes. No século VII as caravanas árabes trouxeram o Islã para o norte da África; no século XV os cristãos chegaram à costa atlântica e, a partir do final do XVII, o crescimento do comércio atlântico de escravos levou à maior migração forçada da história moderna. A expansão colonial europeia sobre a África nos séculos XIX-XX rompeu a dinâmica histórica africana e estabeleceu novos padrões políticos e econômicos sustentados pela força militar, pelas alianças com elites africanas e pela implantação de padrões europeus de vida moderna. Em meados do século XX, os vitoriosos movimentos de independência começaram a mudar esse panorama.
As coleções que formam a Exposição Kumbukumbu do Museu Nacional apresentam diversos objetos adquiridos por meio de doações, compras e permutas. Muitos foram obtidos em períodos dramáticos da história da África e evidenciam o protagonismo de africanos, brasileiros e europeus, ao longo dos séculos XIX e XX, nas relações diplomáticas, escravidão, conflitos coloniais, projetos civilizatórios e estudos científicos. São objetos trazidos de diferentes partes do continente entre 1810 e 1940, acrescidos de outros que pertenceram ou foram produzidos por africanos ou seus descendentes no Brasil entre 1880 e 1950. Além da beleza e do significado antropológico das peças, a coleção tem importância histórica por ter um dos acervos africanos mais antigos no Brasil. Apresentamos aqui algumas dessas peças.
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