Há mais de mil anos, a floresta equatorial - cortada pelos rios Congo e Lualaba - era ocupada por povos nômades e coletores, ancestrais dos atuais povos Bantu. Eles começaram a migrar do centro do continente para oeste, até chegarem ao litoral atlântico. Pelo caminho foram se misturando com os povos locais, ensinando a agricultura e a metalurgia e estabelecendo novos povoados. Aqueles que permaneceram nômades na floresta ficaram pejorativamente conhecidos como pigmeus.
Esse conjunto de povos ocupa hoje toda a floresta e seu entorno (Camarões, Guiné Equatorial, Gabão, República do Congo, República Democrática do Congo e Angola). Apesar da proximidade linguística, eles tem organização social e culturas bem distintas. Dessa região saíram os escravos conhecidos no Brasil como congos, loangos e angicos.
Durante a ocupação colonial, os exploradores europeus, especialmente estudiosos e comerciantes de arte, tomaram os objetos da cultura material desses povos, colecionaram e divulgaram por todo o mundo. Assim, foram criadas as primeiras coleções etnográficas e artísticas africanas que conhecemos hoje. Os objetos aqui apresentados pertenceram aos povos que habitavam os territórios ocupados pelos alemães (atual Camarões), belgas (atual República Democrática do Congo) e franceses (República do Congo). Quase todos chegaram ao Museu Nacional através de permutas, por meio das quais objetos indígenas do Brasil e objetos africanos foram trocados por instituições museológicas.
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