Museu Nacional - UFRJ

Apresentação

O Departamento de Antropologia compõe-se de cinco setores: Antropologia Biológica, Antropologia Social, Arqueologia, Etnologia e Linguística. Tratam da especificidade do humano por meio da utilização de fontes, teorias, métodos e instrumentos técnicos muito variados. Cada um desses setores representa um campo de conhecimento sobre o ser humano, que é estudado de diversos pontos de vista e em suas várias dimensões.


SETOR DE ANTROPOLOGIA BIOLÓGICA

O Setor de Antropologia Biológica do Departamento de Antropologia do Museu Nacional (SABMN) tem uma longa trajetória, profundamente relacionada à história da Antropologia no Brasil. As primeiras atividades regulares relacionadas à pesquisa e ensino em Antropologia associam-se ao nome de João Baptista de Lacerda, médico e antropólogo físico do século XIX. Tendo desenvolvido estudos anatômicos de interesse antropológico, teve seu Laboratório de Fisiologia Experimental (que atendia à concepção de antropologia da época) instalado em 1880 no prédio então ocupado pelo Museu Nacional, localizado no Campo de Santana, no centro da cidade do Rio de Janeiro.

O acervo do SABMN, constituído a partir de meados do século XIX e em contínuo crescimento na atualidade, possui enorme relevância histórica e científica. Além das inúmeras coleções de remanescentes ósseos humanos de procedência arqueológica, incluindo materiais com datações dentre as mais antigas das Américas, o SABMN é depositário de expressivas coleções de caráter histórico, que compreendem instrumentos, documentos e materiais iconográficos os mais diversos. Em seu conjunto, o acervo do SABMN é possivelmente o mais representativo de seu gênero existente no Brasil.

SETOR DE ANTROPOLOGIA SOCIAL

O Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, criado em 1968, foi o primeiro curso de pós-graduação em Antropologia Social do país. A qualidade acadêmica do PPGAS foi sempre reconhecida pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior — Ministério da Educação), que lhe concedeu desde o início, e manteve sem interrupção, o grau máximo do processo de avaliação dos cursos de pós-graduação no Brasil. Desde sua criação, e até setembro de 2007, foram defendidas 355 dissertações de mestrado e 176 teses de doutorado, das quais mais de 100 estão publicadas. O PPGAS mantém relações regulares com alguns dos principais centros nacionais e internacionais de ensino e pesquisa em ciências sociais, através de convênios, pesquisas associadas e programas de intercâmbio de professores e alunos.

O PPGAS dispõe de uma das mais completas bibliotecas especializadas na área, com acervo superior a 30 mil obras e a assinatura de mais de 200 periódicos nacionais e estrangeiros. A divulgação do trabalho de professores e alunos sempre foi uma das prioridades da instituição. Além do apoio à publicação de artigos no país e no exterior, o PPGAS edita a revista Mana. Estudos de Antropologia Social, um canal de divulgação de pesquisas originais e estímulo ao debate científico.

O pessoal formado pelo PPGAS tem se destacado no preenchimento de quadros docentes em instituições de ensino no Brasil e no exterior, na atuação em órgãos de pesquisa, em diversas atividades de cunho cultural mais amplo e no atendimento das necessidades de várias organizações governamentais e não-governamentais.

SETOR DE ARQUEOLOGIA

Esse setor reúne um acervo riquíssimo de materiais arqueológicos brasileiros além das importantes coleções de Arqueologia Clássica e Andina. A partir de 1867 as coleções de Arqueologia Brasileira passaram a ser reunidas de modo sistemático e até hoje o acervo, como um todo, nunca deixou de ser acrescido de novas aquisições, constituindo-se em um conjunto único pelo número e diversidade de exemplares. Esse acervo tem servido a um leque diferenciado de trabalhos escolares de 1° e 2° graus, monografias, dissertações, teses e pesquisa básica.

As atividades dos pesquisadores distribuem-se nas pesquisas de laboratório, campo, curadoria e as de ensino, sendo os professores responsáveis pela orientação de alunos de graduação e pós-graduação (incluindo o curso de Arqueologia e outros afins). Atualmente, estão sendo desenvolvidos diversos projetos de pesquisa, englobando a Arqueologia Pré-Histórica e Histórica e a Curadoria. Destacam-se também a realização de exposições e publicação de artigos e livros, divulgando a riqueza do material científico já estudado.

SETOR DE LINGUÍSTICA

A Linguística oferece à comunidade os seguintes cursos: o Mestrado Profissional em Linguística e Línguas Indígenas – PROFLLIND, Curso de Especialização em Línguas Indígenas Brasileiras – CELIB e o Curso de Especialização em Gramática Gerativa e Estudos de Cognição – CEGEC. O curso comporta, ainda, o Centro de Documentação de Línguas Indígenas - CELIN, especializado em línguas indígenas e variedades do português do Brasil, com acervo composto de materiais textuais, sonoros e visuais.

O cursos de linguística voltam-se, particularmente, para a formação de pesquisadores em línguas indígenas brasileiras através do estudo de métodos para a coleta, a descrição e a análise de dados de línguas indígenas à luz de teorias linguísticas atuais e a documentação, a avaliação e a reanálise de material descritivo, publicado e inédito, já existente, assegurando assim, conhecimentos sobre classificação, formação histórica do campo de conhecimento, relações língua/ cultura/ sociedade e relações entre língua e cognição.

SETOR DE ETNOLOGIA

Clique aqui para acessar a página completa do Setor de Etnologia

O Setor de Etnologia possui um rico e amplo acervo de coleções etnográficas, reunidas em decorrência de múltiplos encontros entre colecionadores, cientistas, líderes, artesãos e artesãs de diversos povos e regiões do Brasil e do mundo ao longo dos séculos XIX e XX. Trata-se de milhares de objetos que, guardados em reserva técnica ou exibidos na exposição, revelam a diversidade sociocultural e histórica da formação nacional em toda sua complexidade.

O Museu Nacional, desde sua fundação em 1818, tem tido atuação pioneira na formação das ciências naturais e antropológicas, dentro dos múltiplos esforços institucionais de desenvolvimento de uma ciência brasileira. Uma das características dos chamados museus de história natural, seu modelo inicial, é a de que neles vigorava o estímulo à pesquisa e ao trabalho de campo. Por essa especificidade, o Museu Nacional se tornou um centro polarizador de pesquisadores nacionais e estrangeiros que aqui se sediavam para a organização de suas expedições, propiciando a acumulação de um extenso acervo sobre a diversidade cultural brasileira.

Foi então pelas atividades colecionistas e científicas desenvolvidas ao longo dos séculos XIX que se criou no Museu Nacional em 1842 a 4ª Seção de Numismática, Arqueologia, Usos e Costumes das Nações Antigas e Modernas. Em 1876, com a reorganização regimental, parte dessas coleções ficou em seção anexa à Diretoria (Etnografia e Arqueologia), figurando novamente a partir de 1888 como 4ª Seção, chamada de Antropologia, Etnologia e Arqueologia. A etnologia reunia os objetos de uso das populações da América, África e Oceania, tidas como exóticas e como curiosidades pelos cientistas da época. Em meados do século XX, após novas mudanças regimentais e conceituais, a 4ª Seção foi desmembrada, ocasião em que se criou o Setor de Etnologia, vinculado ao Departamento de Antropologia, hoje referência de excelência acadêmica.


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Localização

Quinta da Boa Vista, São Cristóvão

Rio de Janeiro - RJ

CEP: 20940-040

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público por tempo indeterminado em

virtude do incêndio que destruiu

grande parte de nossas coleções.

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